O cimento penteado é uma técnica de revestimento de fachadas, que até hoje se faz bastante presente no patrimônio edificado brasileiro.
Constituída de um traço (mistura) de elementos simples do canteiro de obras, a argamassa difundiu-se com o advento do cimento no País e marcou seu tempo em construções da primeira metade do século 20.
De norte a sul, foi chamada de argamassa raspada (Pernambuco), pedra fingida (São Paulo), cirex (Porto Alegre) e cimento batido e penteado, na região sul do Rio Grande do Sul.
Figurou na arquitetura desde a linguagem eclética, passando pelos estilos do Art Nouveau, no Art Déco, no Modernismo, mas caiu em desuso, vítima do crescimento urbano e sua poluição, que dava um aspecto sujo ao cimento, e da novidade mais moderna que, na época, foram as pastilhas cerâmicas.

A arquiteta Simone Neutzling, por meio de realização de inventário da cidade de Bagé (RS) e de seu mestrado em Memória Social e Patrimônio Cultural (UFPEL-RS), compilou estes dados e promove o manual “O SABER E O FAZER – UM OLHAR SOBRE O PATRIMÔNIO – CIMENTO PENTEADO EM BAGÉ”, com financiamento do FAC/Procultura, em versões impressa e digital.
Especificando as características e tipologias mais encontradas no município de Bagé, o guia demonstra as texturas, as cores e os detalhes das edificações e organiza um passo a passo para a diferenciação entre as técnicas do cimento penteado e do cimento batido.
A obra esclarece que, para a manutenção e boa conservação do cimento penteado, existem maneiras práticas e eficientes de realizar limpezas, preenchimentos e acabamentos nos materiais de cobertura.
O livro “O SABER E O FAZER – UM OLHAR SOBRE O PATRIMÔNIO – CIMENTO PENTEADO EM BAGÉ”, de Simone R. Neutzling, está disponível neste link:
CIMENTO_PENTEADO_BAGE_Simone_Neutzling_2019.
O download é gratuito, e para uso de texto e imagens, as devidas citações de autoria são necessárias.