Pelotas
teve seu crescimento e desenvolvimento em função da produção do charque,
alimento de escravos. As primeiras charqueadas locais surgem ainda no final do
séc. 18 e alcançam seu apogeu nas primeiras décadas do século 19, quando o
charque seria o principal produto da economia do Rio Grande do Sul. Neste
período, as famílias de charqueadores gozarão suas fortunas na Europa, em
viagens com finalidade educacional, nas quais, além de conhecimento, obteriam
gosto artístico refinado, ao alcance de suas posses familiares.
Para
acompanhar a cidade, que se estruturava e embelezava, assim como para
reproduzir a urbanidade em sua modernidade, vivenciada e apreciada nas estadias
na Europa, eram necessárias edificações à altura. Desta forma, neste período,
vários palacetes de barões e de outros importantes membros da elite local foram
erguidos e remodelados. O contexto coincidiu com o da emigração europeia, quando
aportam em Pelotas, principalmente imigrantes alemães, franceses e italianos,
somando-se…
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