“Quatro por Um” em Santa Catarina

A exposição Quatro por Um, dos artistas Antônio Augusto Bueno, Dânia Moreira, Kátia Costa e Yara Baungarten esteve em Criciúma, Santa Catarina. A proposta foi exibida entre os dias 15 de junho e 17 de julho dentro do programa Toque de Arte da UnescUniversidade do Extremo Sul Catarinense.

Dânia Moreira, Kátia Costa, Ana Zavadil e Antônio Augusto Bueno na abertura do evento
Dânia Moreira, Kátia Costa, a curadora Ana Zavadil e Antônio Augusto Bueno na abertura do evento

A curadora Ana Zavadil diz que “a pureza da forma geométrica, como uma figura que sugere imobilidade, racionalidade, ausência de emoções, segurança e força veste-se de movimento, de emoções e modula, num terreno fértil de ritmos e tensões, o processo inventivo e criativo destes quatro artistas”. Para ela, as obras dos artistas “respondem a desafios internos que conjugam composições singulares e apontam possibilidades para o olhar, tecendo em suas poéticas um diálogo assinalado entre si”.

Vista Geral da Exposição na Unesc
Vista geral da exposição na Unesc

As cabeças de Antônio Augusto Bueno (encaixotadas), segundo Zavadil, “conversam com as cabeças enquadradas de Kátia Costa e constituem metáforas de lugares/não lugares, assim como o lugar (em quadrante) de Dânia Moreira; todos remetem ao absoluto silêncio do espaço entre (quatro lados) das gravuras de Yara Baungarten. A curadora afirma que “os silêncios e os dizeres de cada um provocam reflexões e dos rebatimentos que surgem entre as obras há um significado implícito: através da fruição contemplativa, percorrermos o espaço/tempo e refletirmos sobre o nosso lugar e o lugar da arte na contemporaneidade”.

Em Quatro Lados - Yara Baungarten
Em Quatro Lados - Yara Baungarten

Nesta proposta, Yara Baungarten trabalha com a gravura e com a forma geométrica do quadrado em monotipias, serigrafias e em metal. O contraste do preto e do branco e a economia de linhas constroem um duplo sentido: idéia e desenho. O ritmo da forma, que ora aparece, ora desaparece, cria um jogo de aparências visuais revelando espaços vazios e cheios onde a presença do signo torna-se opaca e a ausência emerge. A trama de relações entre uma imagem e outra forma um labirinto, traça significados em enquadramentos sutis e renovados que a gravura possibilita como técnica de reprodução de imagem.

Interação do público com o trabalho em serigrafia
Interação do público com o trabalho em serigrafia

Para esta exposição, o conjunto das obras possui 16 trabalhos de pequeno formato, uma grande serigrafia e um vídeo que enfoca os rebatimentos entre as obras. A riqueza do conjunto cria limites para o espaço físico e, em contraponto, torna-se indizível na imaginação onde toda a combinação possível pode ser feita ali, na contemplação dos trabalhos.

As imagens selecionadas neste post foram cedidas por Kátia Costa.

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